Menino era alimentado com cascas
de banana, chegou a comer fezes e era 'banhado' com água sanitária misturada em
água gelada. Torturas já aconteciam há 7 anos. Conselho Tutelar admite que
houve falha no caso. Enfermeira chorou ao ouvir relato da criança
O menino de 11 anos que era mantido
acorrentado em um barril em Campinas (SP) era alimentado com casca de banana e
fubá cru. As informações são de policiais que participaram do resgate da
criança.
Ainda segundo a polícia, a
criança foi obrigada a comer fezes em momentos de desespero. O Conselho Tutelar
já acompanhava o caso há, pelo menos, um ano e vai apurar se houve falha.
Os policiais chegaram no local
após denúncia de vizinhos. O menino estava nu, dentro de um barril de metal
fechado com uma peça pesada de mármore.
O vídeo do momento em que ele é
encontrado mostra que a criança mal conseguia se mexer quando foi encontrada.
Ele tinha a cintura, pés e mãos acorrentados. O menino estava há quase cinco
dias sem comer, segundo a polícia.
De acordo com a Polícia Civil,
o pai disse em depoimento que o filho é muito agitado, agressivo e fugia de
casa. Ele alegou que fez isso para educar o menino.
A corporação diz que foi
acionada após moradores da região perceberam que o garoto havia deixado de ir
para a escola e de brincar com outras crianças do bairro.
No barril, o menino ficava
impossibilitado de sentar ou agachar e, com isso, também apresentava pernas
inchadas. Os policiais usaram um corta-fios para remover as correntes.
Três pessoas foram presas: o
pai do menino, a namorada dele e a filha desta mulher. A princípio, o homem
responderá pelo crime de tortura e as mulheres serão responsabilizadas apenas
pela omissão. As penas podem variar de dois a oito anos de prisão.
Conselho tutelar
A polícia apurou que o garoto
era mantido em situações similares há pelo menos sete anos, quando foi adotado
pela família. A mãe biológica afirmava que o homem era o pai biológico do
garoto. Um teste foi feito na época, constatando que não era verdade. Mesmo
assim, a mãe abandonou o menino com este homem, e ele foi adotado pelas vias
oficiais.
Em entrevista coletiva na tarde
deste domingo (31), o conselheiro tutelar Moisés Sesion afirmou que houve uma
falha no acompanhamento do menino.
Ele, que se disse chocado com o
caso, explicou que, assim que o Conselho recebe uma informação de que uma
família está em situação de vulnerabilidade, encaminha o caso para órgãos
responsáveis.
No caso do menino, ele é
acompanhado por profissionais ligados ao Centro de Referência Especializado em
Assistência Social (CREAS) e o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil
(Caps-IJ), para a avaliação de uma possível doença psiquiátrica.
Réveillon por ‘buraco da
parede’
Em relato feito à equipe de
enfermagem do Hospital Ouro Verde, onde segue internado com quadro de
desidratação severa, o menino disse que viu o réveillon por um buraco na parede
que foi aberto para que ele pudesse respirar.
“Ele disse que viu os fogos de
artifício da virada do ano pela fresta que ele tinha acesso, mas dentro do
barril.”
“O garoto disse que o pai
jogava água sanitária e água fria para dar banho nele. Aquilo me fez chorar”,
relatou uma integrante da equipe de saúde.
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