Um prefeito, uma secretária de saúde e até um
fotógrafo oficial furaram a fila para receber a vacina contra a Covid-19 em
cidades no interior de Sergipe e Pernambuco. Nessa fase inicial de aplicação
das doses, só era permitido que profissionais da saúde, idosos em casas de
repouso, indígenas e pessoas com deficiência fossem imunizados.
O prefeito que foi vacinado foi Júnior de Amynthas
(DEM), da cidade de Itabi, em Pernambuco. Ele foi a primeira pessoa da cidade a
tomar a vacina. De acordo com a secretaria de Saúde, a ideia da aplicação foi
incentivar a população a também tomar a vacina.
Segundo o comunicado, um informe técnico do
Ministério da Saúde dá liberdade para que estados e municípios determinem as
prioridades conforme a realidade local. "É a razão pela qual o prefeito
Júnior de Amynthas foi imunizado, em um ato de demonstração de segurança,
legitimidade e eficácia da vacina para incentivar a população Itabiense a se
vacinar", diz o texto.
Já na cidade de Jupi (PE), segurando a mão da
secretária municipal de Saúde da cidade, Maria Nadir Ferro, o fotógrafo oficial
da Prefeitura comemorou a chegada das doses no momento em que foi vacinado. O
vídeo com o momento da vacinação foi postado nas redes sociais. "Aqui,
olha, Jupi recebendo as primeiras doses. Aproveitando o embalo", diz ele,
com a máquina fotográfica pendurada no pescoço.
O profissional falou para a Rádio Jornal de
Pernambuco, fora do ar, que se arrependia pelo ato e que não teria coragem de
tomar de novo porque é uma falta de empatia. Em seguida, segundo relatos da
repórter da rádio, ele negou ter tomado a dose e pediu para que o assunto fosse
esquecido.
Minutos antes de ser vacinado, ele tinha
fotografado a secretária de Saúde também recebendo a dose, o que também não
deveria ser feito. Após tomar conhecimento do caso, o prefeito de Jupi, Marcos
Patriota (DEM), afastou a secretária de Saúde do cargo e determinou apuração
dos fatos.
A promotora de Justiça Adna Vasconcelos informou
que encaminhou ofício para a Prefeitura de Jupi pedindo esclarecimentos sobre o
que ocorreu. "Ele [o fotógrafo] vai ser notificado também para prestar
esclarecimentos. Vamos ouvir também quem autorizou a vacinação e quem aplicou a
vacina", disse a promotora.
Após a coleta dessas informações, ela afirma que
será possível saber se houve conduta criminal ou no âmbito administrativo de
improbidade, no caso de o servidor ter atuado com dolo, quando há intenção de
fazer algo.
Fica o alerta a TODOS, fiscalizem e denunciem, até porque a vacina
foi comprada com o dinheiro do povo, para o povo que realmente estão na lista
dessa 1ª fase de vacinação.
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