segunda-feira, 18 de maio de 2020

Os resultados são baseados na
reação das oito primeiras pessoas que receberam, cada uma, duas doses da
vacina, a partir de março.
Essas pessoas, voluntários
saudáveis, produziram anticorpos que foram testados em células humanas no
laboratório e que impediram a replicação do vírus — o principal requisito para
uma vacina eficaz. Os níveis dos chamados anticorpos neutralizantes correspondiam
aos encontrados em pacientes que se recuperaram após contrair o vírus em suas
cidades.
A Moderna informou que está
seguindo um cronograma acelerado, com a segunda fase dos testes da vacina, que
envolverá 600 pessoas, marcada para começar em breve. Uma terceira fase, em
julho, já contará com a participação de milhares de pessoas saudáveis.
A Food and Drug Administration
(FDA), o equivalente à Anvisa no Brasil, já deu sinal verde para a segunda fase
dos testes.
Vacina no fim do ano
Se esses testes se revelarem um
sucesso, uma vacina poderá ficar disponível para uso generalizado até o fim
deste ano ou no início de 2021, disse o Dr. Tal Zaks, diretor médico da
Moderna. Ainda não se sabe quantas doses podem ficar prontas em um primeiro
momento, mas Zaks afirmou que “estamos fazendo o possível para chegar logo ao
maior número possível de doses”.
Não há tratamento ou vacina
comprovada contra o coronavírus no momento. Dezenas de empresas nos Estados
Unidos, Europa e China estão correndo para produzir vacinas, a partir dos mais
variados métodos. Alguns usam a mesma tecnologia adotada pela Moderna, que
envolve um segmento de material genético do vírus, chamado RNA mensageiro, ou
mRNA.
A Moderna informou que testes
adicionais em camundongos que foram vacinados e infectados revelaram que a
vacina poderia impedir a replicação do vírus em seus pulmões. E, igualmente
importante, os animais, de acordo com a empresa, tinham níveis de anticorpos
neutralizantes comparáveis aos das pessoas que receberam a vacina.
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deve dar sinal verde para a venda do antiviral remdesivir
Três doses da vacina foram
testadas: baixa, média e alta. Os resultados informados nesta segunda-feira são
relativos às doses baixa e média. A única reação adversa foram vermelhidão e
uma sensação de dor muscular nos braços de um único voluntário. A dose alta
está sendo eliminada de estudos futuros porque as mais baixas parecem funcionar
tão bem que ela não é necessária.
“Quanto menor a dose, mais
vacina poderemos fazer”, disse Zaks.
As ações da Moderna subiram 40%
nas negociações de pré-mercado nos EUA.
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