terça-feira, 5 de maio de 2020

De acordo com os familiares, a
idosa apresentou melhoras na segunda-feira e tomografias mostraram avanço na
recuperação dos pulmões. Ela foi internada no último dia 30 de abril. Depois
que deu entrada na unidade, a família não teve mais notícias e no dia seguinte
(1º) recebeu a certidão de óbito da idosa.
Tallya Fernandes, parente de
Maria, conta que uma funerária contratada levou o corpo para a casa da família.
Um dos filhos perguntou ao funcionário do local como estava a idosa e ele teria
respondido “bata vermelha, cabelos brancos”.
A descrição da vítima acionou o
alerta da família já que Maria não tinha cabelos brancos e nenhuma bata
vermelha havia sido enviada para ela. “Foi que o neto dela teve coragem pra
abrir o caixão e foi um susto terrível, era uma senhora morena, com tubo na
boca”, relatou Tallya ao G1.
Após perceberam que o corpo
havia sido trocado, os familiares foram até o hospital. “Fizemos um escândalo
na frente e entrou o neto dela. Ele teve que ver mais de 30 cadáveres, um por
um, correu risco, e não encontrou a avó. Todo mundo dizendo que ela estava
morta”, disse Tallya.
Os familiares só descobriram
que Maria estava viva após receberem a ajuda de uma enfermeira. A funcionária
do hospital fez uma chamada de vídeo com a idosa para comprovar que ela estava
viva. Segundo a família, foi feito um boletim de ocorrência contra o hospital
pelo erro.
Em nota enviada ao G1, a
Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) reconheceu o erro e informou que a confusão
é consequência da falta de estrutura diante do aumento de doentes e de mortos.
Segundo a Sespa, o serviço de
Verificação de Óbito (SVO) atendeu na última sexta-feira (1º) 35 casos, destes
cerca de 50% foram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que é cerca
de 20 vezes mais do que o normal.
O governo do Pará informou
ainda que “com a abertura do Hospital para pronto-socorro, os procedimentos e
rotinas foram totalmente alterados. Os problemas estão sendo identificados,
dentro do possível, corrigidos. Estamos lutando para dar dignidade às famílias
neste momento de dor”.
Do Blog Lus Cardoso
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