terça-feira, 10 de março de 2020
“Minha
campanha, eu acredito que, pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou
mostrar brevemente, eu tinha sido, eu fui eleito no primeiro turno, mas no meu
entender teve fraude. E nós temos não apenas palavra, nós temos comprovado,
brevemente eu quero mostrar, porque nós precisamos aprovar no Brasil um sistema
seguro de apuração de votos. Caso contrário, passível de manipulação e de fraudes.”,
afirmou para uma plateia de apoiadores em Miami, em evento organizado por
pastores brasileiros.
Até
hoje, 17 meses depois das eleições, Bolsonaro não apresentou provas e
evidências de que tenha sido vítimas de qualquer tipo de fraude. Por conta das
suspeitas levantadas por ele, antes do segundo turno as urnas passaram por uma
auditoria que comprovou sua segurança, mas seus apoiadores nas redes sociais
ecoam ainda a ideia de que as urnas não são seguras.
Essa
não é a primeira vez que o presidente questiona o resultado das urnas que deram
a ele a vitória no segundo turno das eleições de 2018, com 57,8 milhões de
votos válidos. Ainda durante a campanha eleitoral, um dos seus principais motes
era questionar o funcionamento das urnas eletrônicas.
Logo
depois do primeiro turno, o presidente gravou um vídeo afirmando que havia uma
“possibilidade concreta” de perder as eleições para Fernando Haddad (PT) por
fraude nas urnas eletrônicas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou
depois a retirada do video das plataformas digitais.
Agora,
o presidente voltou a dizer que poderia ter sido eleito no primeiro turno se
não fosse uma fraude e que acredita ter tido muito mais votos do que foram
computados no segundo turno. “Eu acredito até que eu tive muito mais votos no
segundo turno do que se poderia esperar, e ficaria bastante complicado uma
fraude naquele momento”, afirmou.
Essa
é mais uma disputa que Bolsonaro abre em poucas semanas, desqualificando
críticos e opositores. Desde o início do ano, o presidente intensificou os
ataques contra a imprensa, a quem acusa de mentir ao fazerem matérias críticas
a seu governo e incentivou a participação nos protestos do dia 15 deste mês,
que tem entre seus motes ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, os
outros dois Poderes de Estado.
Fonte: R7
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