domingo, 21 de julho de 2019
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O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista Foto: Marcos Corrêa / Presidência |
Presidente afirmou que se referiu apenas aos
governadores da Paraíba e do Maranhão no comentário feito em conversa com o
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni
BRASÍLIA — O
presidente Jair Bolsonaro disse, na tarde deste sábado, ao sair do Palácio da
Alvorada, que suas declarações sobre ‘governadores de paraíba’ foram mal
interpretadas. Bolsonaro disse que sua intenção era se referir ao governador do
Maranhão, Flávio Dino , e ao da Paraíba, João Azevêdo , e não ao povo
nordestino.
— Eu fiz uma crítica ao governador do Maranhão e da
Paraíba, vivem esculhambando obras federais, que não são deles, são do povo. A
crítica que eu fiz foi aos governadores, nada mais. Em três segundos, vocês da
mídia fazem uma festa. Eles são unidos, eles têm uma ideologia, perderam as
eleições. Tentam o tempo todo, através da desinformação, manipular eleitores
nordestinos. O parlamento não é tão raso como estão pensando.
Perguntado se o termo “paraíba” não foi uma crítica
ao nordeste, ele disse:
— A maldade tá no coração de vocês. Tenho tanta
crítica ao nordeste que casei com a filha de um cearense.
Na sexta-feira, o presidente usou o termo “paraíba”
ao se referir aos governadores. “Daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o
do Maranhão; tem que ter nada com esse cara”, afirmou o presidente durante
conversa com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni.
Ao ser questionado por uma jornalista sobre a
declaração, Bolsonaro disse:
— Se eu chamar você de feia agora, todas as
mulheres do Brasil estarão contra mim. Eles acham que o Nordeste é uma massa de
manobra. Na verdade, a imprensa brasileira está com saudade do PT e do Lula.
Pelo Twitter, Flávio Dino escreveu ontem que,
“independentemente de suas opiniões pessoais, o presidente da República não
pode determinar perseguição contra um ente da Federação”. “Seja o Maranhão ou a
Paraíba ou qualquer outro Estado. ‘Não tem que ter nada para esse cara’ é uma
orientação administrativa gravemente ilegal”, argumentou.
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